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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Análise da Série Mr. Robot - Primeira Temporada

A melhor série do ano é a primeira coisa que se pode falar sobre Mr. Robot, e isso se deve ao fato das questões tão reais e tão atuais levantadas.

Para de me olhar.

A série gira em torno de Elliot Alderson vivido pelo ótimo Rami Malek um jovem solitário que trabalha como Engenheiro de segurança cibernética em uma firma que serve a E-Corp e em um primeiro momento ao que parece Elliot usa suas habilidades como hacker para ajudar as pessoas E é assim que no episodio piloto Elliot entrega um homem por distribuição de pornografia infantil na internet, ou quando afasta o namorado que enganava a sua psicologa. E é nesse meio do caminho que o mesmo é descoberto, ou não pelo Mr. Robot, um sujeito que o recruta para a fSociety (grupo inspirado no Anonymous) que tem como principal foco mudar o mundo começando é claro, derrubando as grandes corporações como a  E-Corp.
O roteiro da trama é muito bem construído sabendo usar e apresentar bem seus personagens, com suas sub tramas de uma forma muito bem amarrada todos cumprindo seus devidos papeis e nem um personagem é totalmente inútil (lembra do namorado da psicologa?).
A linguagem e a forma de escolha da narrativa também é um dos diferenciais da série, já que agora fazemos parte da história e acabados sendo parte da alucinação de Elliot (Falo disso mais pra frente), sem falar de todos os ângulos e enquadramentos que nos fazem afundar ainda mais na loucura de Elliot e entender o sentimento dos outros personagens.



As referências a clube da luta são claras e inclusive os produtores já falaram sobre isso, em ambos temos a luta e a loucura de alguém pra quebrar um sistema de abuso do mais fraco, sistema esse que é capaz de enlouquecer qualquer um. Se em clube da luta a solução era explodir prédios, em Mr Robot o que está em voga é a informação, os dados e como sua descoberta ou perca deles podem transformar a sociedade em um caos, é claro que Mr. Robot não se limita ao filme, criando suas próprias soluções e andando com suas próprias pernas.
Quase todas as pontas foram amarradas, mas é claro que a próxima temporada, já confirmada inclusive, trará muitas surpresas e como muitas outras reviravoltas (espero que tão boas como a do episódio 8) que te levam a achar que a trama vai caminhar para um lado, depois te leva pro outro e te faz voltar ou não para o que você pensava originalmente.
Fica então a dica de uma série que mesmo com algumas soluções previsíveis não deixa de surpreender, e cabe a você decidir fazer ou não parte da alucinação de Elliot.



Um mundo construído em fantasia. Emoções sintéticas em pílulas, guerra psicológicas em propagandas, produtos químicos em comida que alteram a mente, seminários de lavagem cerebral em mídia, bolhas de controle em forma de redes sociais.  De verdade? quer falar sobre realidade? Não vivemos em nada que chegue perto disso desde a virada do séculos. Nós a desligamos, retiramos a bateria, comemos coisas transgênicas e jogamos os restos na lixeira da condição humana. Moramos em casas de marca registradas por empresas que foram construídas sob números bipolares que crescem e sobem em telões digitais nos hipnotizando no maior tupor já visto. Precisa cavar fundo garoto, antes de achar algo real. Vivemos em um reino de mentiras, um reino que você viveu por tempo demais.”

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