O filme é um suspense
muito bem construído, o plot inicial da história relata o desaparecimento de
uma criança, levando seus pais ao desespero (Milhem Cortaz e Fabíula
Nascimento) a partir disso a trama se desenrola, e suspeitos começam a aparecer
e assim o quebra-cabeça vai se montando, a primeira e principal suspeita é Rosa
(Leandra Leal), que a princípio é uma conhecida da família.
Os
acontecimentos para se chegar a conclusão do caso, é feito através de flashbacks, mostrando cada lado
da história, e eu pessoalmente gostei muito desse artificio e da forma que ele
foi usado, com o uso dos trens marcando cada ponto de entrada e saída e também como uma
forma de mostrar os encontros e passagens de tempo, um ponto também para o enquadramento que se foca nos rostos, mostrando cenas mais fechadas e tremidas,
principalmente nas que ocorrem mais violência e que dá um clima mais agonizante.
O elenco do filme é
excelente, com atuações muito convincentes, mostrando o lado e as intenções de
cada um, e quem assiste não sabe em quem acreditar, já que o roteiro ao longo
do filme fornece pistas falsas, embaralhando mais ainda o quebra-cabeça que o espectador
já começava a montar, mostrando aos poucos que personagens que antes pareciam
inofensivos são capazes de fazer de tudo quando se entra em jogo a infidelidade, as suspeitas de traição, os ciúmes e os amores não correspondidos.
A forma como o roteiro
é construído, com quebras na história e no ritmo, é algo a se destacar também,
o clima de suspense e drama, e até de violência são quebrados com as tiradas do
delegado (Juliano Cazarré), e com a participação de Thalita Carauta, e mesmo
com esses alívios cômicos o filme mantêm seu tom.
Vale destacar a colocação do crítico Érico Borgo do Omelete “O filme trata de decepção, mentiras e sonhos de maneira realista, apoiando-se nos diálogos e longos silêncios, tão reveladores quando as palavras. A comunicação - ou tentativa de - é central ao filme e o trio principal não decepciona, dando interpretações de qualidade e o suporte que tais sequências, totalmente centradas nos personagens, necessitam.”
Vale destacar a colocação do crítico Érico Borgo do Omelete “O filme trata de decepção, mentiras e sonhos de maneira realista, apoiando-se nos diálogos e longos silêncios, tão reveladores quando as palavras. A comunicação - ou tentativa de - é central ao filme e o trio principal não decepciona, dando interpretações de qualidade e o suporte que tais sequências, totalmente centradas nos personagens, necessitam.”
É muito legal descobrir
esse tipo de produção nacional, já que estamos cercados de comédias que mais
parecem esquetes do Zorra Total e de filmes sobre favelas. E ver algo assim que quebra
esse ciclo, e quebra também um pouco no nosso Pré-conceito com filmes nacionais
basta saber procurar que tem muita coisa boa por ai.
Ah!, esqueci de falar que o final é muito bom.
O Lobo Atrás da Porta
|
Brasil , 2013 - 100 min.
|
Drama / Policial / Suspense
|
Direção: Fernando Coimbra
|
Roteiro: Fernando Coimbra
|
Elenco: Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabiula Nascimento, Tamara Taxman, Juliano Cazarré, Paulo Tiefenthaler, Thalita Carauta, Isabelle Ribas
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário